24 de abr. de 2020



Assim como poetizou Drummond quanto ao nascimento de uma flor no asfalto cinzento... Que possamos permitir que, de nossas entranhas, sejam eliminadas a toxidade do nosso ser e tudo que não mais fizer sentido e que, de nós, brote “o novo”, “o desconhecido”, “a busca” e “o ânimo”, para sairmos do lugar comum em que estávamos e ocuparmos os espaços vazios e obscuros abertos pela raça humana. 

“Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
Ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios,
Garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe. (...) É feia. Mas é realmente uma flor.”
A Flor e a Náusea 🌹

22 de abr. de 2020

Dia Mundial da Terra

Imagem: App Moment Cam

 O cântico da Terra

Por Cora Coralina

“Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.

Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranqüila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.

Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.

A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.

E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.

Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha.
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.”

20 de abr. de 2020


Ecos de uma metropolitANA 

 Por Ana Kelly Brustolin

Distante do improdutivo e turbulento mundo
Ana vai para a rua, e escreve! No aconchegante
encontro com a natureza, no silenciar interno e soar do sossego profundo,
Caminha, e pensa, e contempla, e expira, e ama!
 
O contraste entre o verde das plantas e azul do céu
Causa, ainda, arrepio à espécie urbana quando está ao léu
Ana sente, inspira e emana
A gratidão e alegria nata da alma humana!
 
Olha a paisagem-pintura! Anda tão cheia
De tanto desamor, que su’alma se consome
Na lentura oferecida pelo universo…
 
Permite-se ouvir tudo, cada som que ali permeia:
E, atualmente, cansada desta síndrome,
Quase a revela no final deste verso para que você a leia.



Dia do Livro Infantil - Prof. Ana Kelly

O Dia Nacional do Livro Infantil é comemorado em 18 de abril. Esta data também é conhecida como o Dia de Monteiro Lobato e, igualmente, um momento no qual podemos (re)discutir a importância da literatura infantojuvenil no Brasil.

Ah, dia 12 de abril, começou a Semana Municipal do Livro Infantil de Florianópolis, que este ano (2020), será on-line!

Muitos bibliotecários e professores da rede municipal, bem como autores catarinenses, contribuíram com a comemoração virtual da semana enviando vídeos com leituras, contações de histórias ou indicações de livros.

Visitem o portal no endereço:
https://sites.google.com/sme.pmf.sc.gov.br/portaleducacional/sala-de-leitura?authuser=0

Repassem para as crianças e adolescentes, pois há muita história boa por lá.

https://www.instagram.com/anakellybrustolin/

17 de abr. de 2020

Ode ao Café 

Hoje acordei poética
Com um tom de sensibilidade
Acho que é por causa do dia; peculiar...
Friozinho, café e a alma para alimentar
 
Levanto-me. Sento-me à mesa.
Olfato tinindo para o aroma do outono
E do café – passado na hora.
Um amor simples, confortável e familiar
 
E com a humanidade de quem acabou de levantar
Delicio-me em meu café
E em meus pensamentos... trocentos!
 
E a voracidade de amar
Antes de a rotina começar
Pega-me pela mão – junto com a minha xícara de café – obsessão!

Por Ana Kelly Brustolin 

Florianópolis, 14 de abril de 2020.

Dia do Café!
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